Após ter publicado belos volumes de contos, Cristiane Lisbôa estréia com esta novela rodrigueana, uma comédia de costumes bizarros, de humor cruel e ironicamente melodramático.
Em 1929, uma jovem professora de balé mata o jornalista que a difamou. A partir desse assassinato, resgatamos a história de Sylvia, numa narrativa recheada de incesto, escândalos e relacionamentos sórdidos.
Em resumo, uma delícia.
Já há alguns anos vemos nos deparando com uma enxurrada de novíssimos escritores, sempre carregados de promessas e possibilidades. Nesse contexto, Lisbôa chega para deixar clara a diferença. É só ler as primeiras frases, as primeiras páginas, para evidenciar que encontramos uma escritora de fato, de talento inegável, lirismo e inteligência.
No final, das centenas de frases brilhantes do livro, é possível encontrar uma conclusiva: "A partir de hoje, defendo que todos os bons escritores devam ter assassinado alguém a sangue-frio."
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